Aprender como ter um casamento feliz é uma tarefa diária.

O casamento é como uma plantinha que precisa ser regada constantemente para crescer e dar belos frutos. Se você deixar o seu casamento sem cuidados, certamente ele não sobreviverá muito tempo.

Nesse caso, um dos ingredientes que rega um casamento e o mantém saudável é a fé.

A fé em Deus é um pilar básico e indispensável para manter um bom relacionamento. E digo isso porque nem todos os dias serão fáceis, e nos dias difíceis o amor é posto à prova com muito mais intensidade. Logo, nesses momentos, é a fé que nos mantém sensatos e firmes no compromisso.

E assim como a fé é importante, outros fatores também são necessários para saber como ter um casamento feliz, e manter uma boa relação com seu cônjuge – sendo harmônica, respeitosa, e duradoura.

Vamos analisar 5 desses pilares práticos para saber como ter um casamento feliz:

 

1. Foco na Realidade da Relação


 

Manter os pés no chão é sempre necessário.

Crescemos sob o ideal de que o amor tudo supera, e que no casamento viveremos o tal do “felizes para sempre”. No entanto, na vida real, a história não segue esse mesmo script.

Existe desentendimento, existe divergência de opinião, existe mau humor, existe diferença de personalidade…

Há problemas dos mais diversos. E nesses momentos é necessário saber que é normal (e esperado) que problemas aconteçam, assim como também é esperado que eles passem e tudo volte a ficar bem.

Se você alimentar na sua mente a ideia de casamento perfeito, e pessoa perfeita, colocando expectativas irreais sobre a relação, o resultado disso será frustração.

Na primeira dificuldade você pensará em desistir por acreditar que está vivendo uma mentira; que relacionamentos deveriam ser perfeitos – quando, na verdade, essa perfeição não existe.

Matenha os pés no chão. Não idealize o que não é real.

Haverá dias coloridos e dias cinza. E nos dias cinza vocês dois precisam ter consciência de que isso é normal e passageiro. Precisam desenvolver a habilidade de serem pacientes, compreensivos, e principalmente: saberem se comunicar.

O que nos leva ao segundo ponto…

 

2. Comunicação, sempre!


 

Sem comunicação, sem diálogo. Sem diálogo, sem relacionamento saudável.

A maioria dos problemas de relacionamento envolvem falta, ou falha, de comunicação. Infelizmente não aprendemos como devemos nos relacionar. A escola não nos ensina, nossos pais também não. Vamos aprendendo aos trancos e barrancos.

E quando passamos a conviver sob o mesmo teto com outra pessoa, é esperado que os conflitos surjam; e são nesses momentos onde a comunicação precisa ser estabelecida.

Acusações, gritos, xingamentos… Nada disso é eficaz para resolver problemas.

Quando o clima ficar tenso, afastem-se. Deixem a poeira baixar, e depois, com calma, conversem.

Exponham o que sentiram no momento, o que queriam dizer, e o que entenderam sobre a fala um do outro.

Quase sempre o desentendimento acontece porque um fala A e o outro entende B; e cada um reage emocionalmente à isso.

Diálogo acontece quando falamos a mesma língua. Por isso, antes de acusar e rebater, certifique-se de que realmente compreendeu o que seu parceiro(a) quis dizer. Ou, caso seja você a explicar algo, certifique-se de que ele está compreendendo adequadamente.

Exemplo 1: “Quando você diz que está cansado, você quer dizer que está cansado do nosso relacionamento, ou só cansado pela rotina estressante? Me explica melhor”. A resposta dele pode ser completamente diferente do que você entendeu.

Exemplo 2: “Sempre que você fala dessa forma, eu me sinto triste. Você consegue perceber que isso me afeta profundamente?”.

Nós tendemos a esperar que o outro adivinhe o que pensamos e sentimos, e isso não é possível. Aprenda a explicar como se sente, e certifique-se de que ele entendeu como você se sente, e o que te deixou assim.

A comunicação precisa ser clara. Não espere que o outro perceba! “Ah, mas ele sabe!”. Não, não sabe. Por mais óbvio que pareça ser para você, o óbvio precisa ser dito. Expresse o que pensa e sente, e estimule ele a fazer o mesmo.

 

3. Autoconhecimento e Interconhecimento


 

Conforme comentei acima, ninguém tem a obrigação de adivinhar o que queremos, pensamos, e sentimos.

Muitas vezes não conhecemos nem a nós, quanto mais ao outro.

Por este motivo, é importante dedicar tempo ao seu autoconhecimento, e ao conhecimento do outro. Saber como os dois funcionam ajuda a equilibrar o clima em situações de tensão emocional.

Por exemplo, se você sabe que fica impaciente quando alguém te pressiona para fazer algo, essa informação pode ajudar seu parceiro(a) no momento de te pedir alguma coisa. Explique como se sente, e dê uma sugestão do que ele pode fazer para que os dois se entendam e não se ataquem.

Do mesmo modo, se você sabe que seu parceiro gosta de ficar sozinho quando chega do trabalho, não faz sentido ficar perturbando-o para falar sobre o seu dia logo que ele chega em casa. Faz sentido?

Quanto mais vocês entendem como ambos funcionam, e ajudam o outro a compreender também, mais fácil e saudável será a convivência.

Tudo é uma questão de clareza e respeito. Clareza para compreender o que acontece, e respeito para aceitar aquilo que não pode ser modificado.

 

4. Promovam Tempo de Qualidade


 

Um casamento não se sustenta só de rotina e problemas para resolver. Ninguém aguenta viver sob constante estresse.

Por isso é importante investir na intimidade de vocês. Ter um tempo para curtir um ao outro, para sair, aproveitar momentos a dois sozinhos, é extremamente necessário para manter a chama do amor acesa.

Planejem juntos a melhor forma de fazer isso.

Se a rotina é corrida demais, que tal tirar um fim de semana, nem que seja uma vez por mês, para passarem esse tempo juntos, curtindo a companhia um do outro, sem se preocupar com nada mais?

Pode ser uma viagem, um resort, ou mesmo algo simples como ver filme na netflix em casa.

O que importa é ter um tempo de qualidade para aproveitarem a intimidade. Casamento não é tortura. Se o seu tem sido assim, então é hora de reavaliar a relação e promover mudanças para o bem estar dos dois.

 

5. Cresçam juntos


 

Ter objetivos de vida em comum é algo que contribui para a felicidade do casal.

Um casal que pensa no futuro, que se planeja, e que almeja crescer junto, prezando qualidade de vida, tem um fator a mais para se manter firme no propósito da união, motivados a continuar juntos.

Se um dos dois tem metas de crescimento, de expansão, e o outro está estagnado e pretende permanecer no mesmo lugar, isso vai gerar um conflito de interesses que pode ameaçar a vida a dois.

O ideal é sempre entrar em um acordo de benefício mútuo, e se possível prezando pelo crescimento mútuo também.

Nada que um bom diálogo não resolva.


 

Manter um casamento feliz não é uma tarefa fácil, mas é possível.

Ter uma relação satisfatória só depende da força de vontade de ambos em fazer isso dar certo.

Continue regando sua plantinha do amor, e ela crescerá cada vez mais forte e saudável.

Fique bem.